2 de agosto de 2010

...

Será que essa vai ser a ultima página desse livro que foi escrito com tanto carinho, alguns conflitos, muitas emoções, alegrias, amor e paz... Ou será o fim de mais um capítulo e em seguida o inicio de outro?

Eu nunca gostei muito de dar tchau, eu me esquecia que isso era o mesmo que um ‘até breve’. Não gostava de te ver acenando, não gostava de me despedir. Descia a rua ou simplesmente do carro triste, mas logo tomava o meu caminho, e um pensamento confortava meu corpo e alma: ‘Em breve estou de volta’. E sempre era assim. Tinha minha rotina normal, que fazia com que o tempo corresse e logo eu estivesse de volta aos seus braços, e eu sempre tinha a mesma sensação, era como se tivéssemos um encaixe perfeito, eu cabia exatamente nos seus braços, era a medida exata.
Era tão bom curtir o toque, que começava devagar, junto com a boa conversa e o olhar.
O beijo, que durava a vontade contida.
Os rumos que as mãos iam tomando, não deixando escapar um milímetro de corpo.
O encontro físico e emocional, intenso, como nós... Você lembra? Posso sentir tudo, se pensar.
Mas hoje falo além das lembranças, falo da despedida.
O ultimo tchau foi diferente, não fui eu que parti, eu assisti a partida, e foi infinitamente pior, eu assisti a essa partida pela segunda vez... Pela segunda vez eu percebi que meu coração podia sair pela boca. O tchau de ontem tinha ar de adeus, mas no primeiro momento resolvi não pensar nisso.
Hoje eu voltei, e no fundo sabia que era apenas para terminar o que tinha começado...
O adeus que começou logo que falamos 'oi'.
O adeus que foi sendo dado, com o carinho diferente, o olhar diferente...
O adeus que foi tão lindo e tão triste, já que não tenho dúvida do amor sentido.
O adeus não teve mágoas, não trouxe problemas à tona. Por hora também não trouxe a paz, mas mesmo assim, foi pacífico. Será por isso que dói tanto?
Houve a compreensão de que era a hora, e mesmo com tanta dor, ninguém voltou atrás.
Hoje tirei fotos do seu lindo rosto, apenas com meus olhos. Estão reveladas, guardadas na minha memória.
Fecho os olhos e posso te ver nitidamente. Posso te ver desde a hora que dormi nos seus braços, e você simplesmente me viu acordar, passou a mão por meu rosto... Um gesto que me dizia que você nunca iria esquecer aquela cena, como eu.

Dissemos adeus.
Tão perto, os lábios de leve se despediram tocando um na bochecha do outro, assim como os olhos, os cheiros, as respirações, os suspiros...
Difícil conter o choro sabendo que em minutos seria o fim...

Mas algo me tranqüiliza, eu percebo que não é um ponto final que está na nossa história, apenas um ponto e vírgula... Uma promessa, um desejo de ambas as partes, um abraço com carinho e a certeza que um sempre estará presente na vida do outro, que o que existe entre nós é maior que qualquer outra coisa. Gratidão por todos os bons momentos, e a fé de que dias melhores vão chegar pra nós dois!

Um comentário: